Este promete ser o encontro de mais alto nível até o momento e concentra-se exclusivamente na discussão do papel crucial que a tecnologia nuclear desempenha na luta contra as alterações climáticas.

Segundo o presidente ABDAN, Celso Cunha, acredita que a reunião se torna um marco para promover a conscientização e a cooperação internacional no setor nuclear. “O Brasil, reconhecendo a importância estratégica da energia nuclear, participa ativamente das discussões e busca ampliar sua participação nesse cenário. A expectativa é que a colaboração entre nações e organizações represente um passo crucial na direção de um futuro mais sustentável e livre de emissões excessivas de carbono”.

Para Carlos Leipner, membro do Conselho da ABDAN, uma das grandes lições extraídas na COP28 em Dubai foi o reconhecimento do papel da energia nuclear para a descarbonização. “Estamos acompanhando esse processo de transição energética global, que culminou com a assinatura da declaração de mais de 20 países reconhecendo que o setor nuclear precisa triplicar seu potencial até 2050 para atingir a descarbonização da matriz energética. Temos esse evento agora em Bruxelas, que irá reunir a alta liderança de vários países para, mais uma vez, reafirmar o comprometimento com a energia nuclear e o crescimento da mesma. Além de discutir o que pode ser feito para realmente atingir essa meta de triplicar o setor nuclear” explica.

Leipner reconhece que é um ato muito ambicioso e que, de qualquer forma, será preciso apoio, não só de organizações governamentais, mas de toda a indústria, setor, atores, e até da sociedade civil, como organizações não-governamentais, associações e academia. “Vai ser um evento muito importante para o setor nuclear que vai desdobrar muitas ações a âmbito global e que, eu acho, o Brasil participando, mais uma vez, reforça a sua importância dentro do setor nuclear mundial.”, finaliza.