Russia e Argentina assinaram hoje um memorando de entendimento para avançar a exploração e produção de urânio no país sul-americano, que já gera 5% de sua eletricidade com três reatores nucleares de águas pesadas.
O acordo, selado durante uma visita do presidente argentino, Mauricio Macri a Moscou, poderia levar até US$ 250 milhões em investimentos no setor do país, de acordo com o comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
O acordo inclui o compromisso da agência nuclear estadual russa Rosatom de construir uma usina nuclear na Argentina, que já havia revelado planos para construir o outros dois novos reatores nucleares no segundo semestre deste ano. O plano de US$ 13 bilhões será financiado principalmente por organizações chinesas.
Argentina, Brasil e México são os únicos três países latino-americanos com usinas nucleares em funcionamento. Rússia e Argentina se comprometeram a aplicar um método de extração conhecido como “recuperação in situ” (ISR), desenvolvido pelo Uranium One do Canadá, uma subsidiária integral da Rosatom e o quarto maior produtor mundial de urânio.
Envolve a extração de água com urânio que é então filtrada através de contas de resina e, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, é a técnica mais econômica, que também tem um impacto ambiental mínimo, pois não requer remoção de solo.
Atualmente, a Argentina importa urânio de países como a Rússia e o Cazaquistão para uso próprio, bem como para exportá-lo após o enriquecimento para outros mercados, incluindo o Brasil.
O acordo de hoje, disse o governo argentino, ajudará o país a alcançar “auto-suficiência nacional em urânio”.
Traduzido do site MINING.COM