AIEA pretende ampliar uso da tecnologia nuclear no enfrentamento dos desafios globais

Nesta semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizou a primeira reunião do Grupo de Viena, que reúne líderes da entidade e de mais de uma dúzia de grandes empresas do setor nuclear mundial. Um dos membros é o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
O grupo vai trabalhar em conjunto para promover o papel da tecnologia nuclear no enfrentamento de alguns dos desafios mais urgentes da atualidade. Segundo o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, o objetivo é maximizar o uso da “incrível capacidade do átomo” para combater as mudanças climáticas, tratar doenças, prevenir a fome e muito mais.
Os participantes do órgão querem estimular o setor privado e os investidores a realizar parcerias com a AIEA para difundir a implantação de tecnologias nucleares para fins pacíficos.

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Grupo de Viena: a partir da esquerda, Bento Albuquerque e Leonam Guimarães
A reunião inaugural do Grupo de Viena ocorreu na capital austríaca, em paralelo à 65ª Conferência Geral da AIEA, evento anual que congrega os 173 estados-membros da agência. O ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, participou do encontro como convidado especial.


Empresas fundadoras

Além da AIEA, as seguintes empresas são membros fundadores do Grupo de Viena: China National Nuclear Corporation (CNNC), Électricité de France (EDF), Eletronuclear, NAC Kazatomprom JSC, Mitsubishi Heavy Industries, Nucleoeléctrica Argentina, NuScale Power, Rolls Royce SMR, Rosatom, SNC-Lavalin Power Group, Teollisuuden Voima Oyj, Urenco e Westinghouse Electric Company.
Leonam dos Santos Guimarães ressalta que as tecnologias nucleares são amplamente utilizadas globalmente – direta ou indiretamente –, ajudando a melhorar a vida de bilhões de pessoas, mas ainda há espaço considerável para expansão. “O Grupo de Viena pretende, justamente, acelerar e ampliar a contribuição dessas tecnologias para cumprir as metas ambientais, sociais e econômicas mundiais e melhorar a saúde e o bem-estar da população”, conclui.

Fonte: Eletronuclear