Argentina planeja construir nova usina nuclear com tecnologia chinesa em 2022

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A Argentina busca dobrar o tamanho de seu setor nuclear com novos reatores de energia em acordos com a China e a construção de uma nova unidade de Candu, com apoio canadense. A informação é de José Luis Antúnez, chefe da concessionária nacional Nucleoeléctrica Argentina SA (NA-SA). A construção de uma unidade Hualong One pode começar em Atucha já no próximo ano. Antúnez disse que os planos para um novo reator em Atucha seriam o resultado do reinício de uma parceria com a China que foi discutida entre 2014 e 2017, mas cujas ofertas já expiraram. As negociações intergovernamentais levariam a um novo pacote financeiro.  Autoridades dos dois países vão assinar e começar a construção. “O que esperamos que aconteça em meados do próximo ano”, disse Antúnez

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Nesse ínterim, a NA-SA vai avançar os preparativos no terreno em Atucha, nivelando o piso e instalando estradas de acesso para mais de 5.000 trabalhadores que estarão envolvidos. Os planos anteriores tinham a China apoiando a NA-SA para construir um novo reator de água pressurizada (PHWR) em Atucha, mas Antúnez disse que agora está definido para ser um reator de água pressurizada Hualong One: “Agora, a construção do PHWR é vista como um projeto nacional”, disse Antúnez, “com o Canadá tendo alguma participação no apoio.”

O local para a nova unidade de Candu ainda não foi determinado, embora possa ser no local ou próximo ao local de Atucha. No entanto, a maior parte do trabalho de engenharia será realizada perto da usina Embalse por empresas e trabalhadores argentinos, com base na reforma e melhoria do reator Candu, que foi concluído em 2019 para permitir que a unidade opere pelos próximos 30 anos . Embalse é também o local do protótipo da usina elétrica CAREM 25 MWe, que é propriedade da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) e está sendo construída pela NA-AS: “Vamos ter técnicos e profissionais da área de Embalse para produzir os componentes, que serão muitos e da indústria nacional, ou seja, vamos concentrar os recursos que temos da indústria de transformação e metalurgia lá”, afirmou  Antúnez. O setor nuclear da Argentina tem três PHWRs com uma capacidade de geração total de 1.641 MWe nas usinas Atucha I, Atucha II e Embalse. No total, os planos revelados por Antúnez representam uma duplicação dessa capacidade de geração de energia.

Fonte: Petronotícias