Associação Mundial Nuclear vê relatório da ONU sobre o clima como reforço para energia atômica

Sama Bilbao y León

O mundo ainda está digerindo as previsões alarmantes do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês). O documento, como informamos mais cedo, diz que parte das mudanças observadas no clima são irreversíveis ao longo de centenas a milhares de anos e frisou fortemente a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases poluentes. Diversas entidades e representantes da indústria da energia estão repercutindo o conteúdo do relatório. Para a diretora-geral da Associação Mundial Nuclear (WNA, na sigla em inglês), Sama Bilbao y León, o trabalho do IPCC destaca a importância de usar todas as ferramentas atualmente disponíveis para descarbonizar todos os setores da economia enquanto se investem em novas tecnologias.

Como a maior fonte de eletricidade de baixo carbono nas economias avançadas, a energia nuclear está pronta para continuar a fornecer eletricidade limpa confiável e acessível 24 horas por dia, 7 dias por semana, nos mais de 30 países que já a utilizam”, disse Sama. “Além disso, a energia nuclear está ansiosa para unir forças com outras tecnologias de baixo carbono para acelerar a descarbonização da economia global”, acrescentou.

A diretora da WNA fez um apelo para que tomadores de decisão dos países adotem medidas urgentes para apoiar as usinas nucleares ameaçadas de fechamento antecipado por causa dos “mercados distorcidos” onde essas plantas operam. Esses mercados, segundo Sama, deixam de valorizar os benefícios climáticos e de segurança energética trazidos pelas usinas nucleares.

Governos, reguladores e indústria devem trabalhar juntos para acelerar a implantação de novos projetos nucleares, grandes e pequenos, incluindo pequenos reatores modulares e tecnologias nucleares avançadas, para que a energia nuclear possa ajudar a descarbonizar setores além do fornecimento de eletricidade, fornecendo calor para processos domésticos e industriais , produzindo hidrogênio e descarbonizando o setor de transportes”, concluiu Sama.

Fonte: Petronotícias