A Eletronuclear realizou hoje (29) a sessão pública de abertura de propostas da licitação para contratação das obras civis e montagem eletromecânica de Angra 3. De acordo com a holding Eletrobras, o proponente melhor classificado deverá agora apresentar os documentos de habilitação para serem verificados. Por isso, a estatal decidiu que não revelará hoje o nome da empresa que apresentou a melhor proposta.
“Após o término dessa análise, será agendada nova sessão para informar o resultado aos licitantes e abrir prazo para recursos. Caso o proponente mais bem classificado seja inabilitado, será convocado o segundo colocado para apresentar sua documentação”, escreveu a Eletrobras em comunicado ao mercado. A empresa não detalhou quando será realizada a nova sessão pública para revelar o vencedor da concorrência.
A expectativa da Eletronuclear é que o contrato com a empresa vencedora da licitação seja assinado ainda neste ano, no segundo semestre. A retomada das obras deve acontecer até o final de 2021. Atualmente, a construção de Angra 3 está com 65% de avanço físico. A usina tem entrada de operação prevista para novembro de 2026.
Mais cedo, o BNDES anunciou que assinou o contrato com o consórcio que será responsável pela estruturação do projeto de retomada e conclusão das obras da usina nuclear. O vencedor foi a Angra Eurobras NES, consórcio formado pelas empresas Tractebel Engineering Ltda. (líder), Tractebel Engineering SA e Empresários Agrupados Internacional.
Aqui vale fazer um adendo para melhor entendimento. O contrato concedido pelo BNDES para o consórcio liderado pela Tractebel diz respeito à estruturação da obra global, ou seja, da construção da usina como um todo. Já o edital para obras civis e a montagem eletromecânica abrange uma parte de Angra 3, que será adiantada dentro do escopo do Plano de Aceleração do Caminho Crítico.