O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou uma mensagem ao embaixador da China, Yang Wanming, nesta sexta-feira, na qual reitera a “importância” de um relacionamento “relevante” e “construtivo” com o país asiático. No documento, Pacheco também convida Wanming para que ele visite o Senado, após o arrefecimento da pandemia, como forma de “adensar a parceria estratégia global” entre as duas nações.
“Com o sentido de prioridade, entende o Senado Federal que, no momento em que o Brasil tem sido afetado de forma contundente de proliferação de variantes do vírus, torna-se necessário, mais do que nunca, o aprimoramento da parceria de grande qualidade que tem caracterizado nossas relações bilaterais”, escreveu Rodrigo Pacheco no ofício.
O aceno acontece após o presidente Jair Bolsonaro criar mal-estar para a diplomacia brasileira ao sugerir que o coronavírus pode “ter sido criado em laboratório”, na esteira de uma “guerra bacteriológica”. A repercussão negativa fez com que o chefe do Executivo tentasse negar que estivesse se referindo aos chineses.
“Eu não falei a palavra China hoje de manhã. Sei o que é guerra bacteriológica, química, nuclear. Sei porque tenho a formação, só falei isso, mais nada. Mas ninguém fala onde nasceu o vírus. A palavra China não está no meu discurso de quase 30 minutos no dia de hoje”, afirmou o presidente horas após o discurso.
Em resposta, o governo da China afirmou, por meio de um porta-voz, que é contra a politização do vírus. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, também defendeu a unidade dos países para atuar no combater à pandemia.
“O vírus é o inimigo comum da Humanidade. A tarefa urgente de agora é todos os países se juntarem em uma cooperação antiepidemia e em um esforço para uma vitória antecipada e completa sobre a pandemia. Nós nos opomos firmemente a qualquer tentativa de politizar e estigmatizar o vírus”, disse o porta-voz.