Bolsonaro diz não admitir presidente de estatal sem visão social

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na manhã desta quinta (25) que toda estatal do seu governo precisa ser comandada com “visão social”. A declaração foi feita nesta quinta (25), dias após o presidente anunciar a demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras.

“Uma estatal tem que ter a sua visão de social (…) Não podemos admitir uma estatal com presidente que não tenha essa visão. Previsibilidade nós temos que ter, temos que nos antecipar a problemas e ter visão de futuro. Nosso governo se prima por isso”, disse.

As declarações foram feitas em evento de Furnas, no Paraná, ao lado do general Joaquim Silva e Luna, escolhido por Bolsonaro para substituir Castello Branco a partir de março.

Nesta quinta (25), foi assinado um protocolo para o início de obras de revitalização de sistema de transmissão de Furnas, em Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR).

O general da reserva, diz Bolsonaro, “visa dar uma nova dinâmica àquela empresa [a Petrobras]”.

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Castello Branco foi demitido durante uma das lives semanais de Bolsonaro, na sequência de um aumento de 15% nos preços do diesel e de 10% na gasolina. De lá para cá, o presidente fez diversos ataques ao executivo.

“Todos aqueles que dependem do produto da Petrobras vão se surpreender com seu trabalho”, disse Bolsonaro. Ele elogiou a gestão de Silva e Luna em Itaipu Binacional, que completa dois anos, por combater “desvios” e colocar a empresa no “rumo da prosperidade”.

O presidente não detalhou quais “desvios” estariam sendo cometidos em Itaipu. Ele também fez insinuações parecidas, sem apresentar provas, sobre a gestão de Castello Branco, que teria “coisa errada” e seria pouco “transparente”.

Presente no evento, o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, afirmou que o governo promove confiabilidade e previsibilidade com os anúncios de hoje – que envolviam também o lançamento do plano decenal de expansão de energia 2030 – e frisou que o governo Bolsonaro tem “racionalidade gerencial”.

Durante a cerimônia, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), aliado de Bolsonaro, classificou como golaço o envio da MP que prevê a privatização da Eletrobras ao Congresso.

“É a modernização da Eletrobras podendo ampliar sua capacidade e produção, garantindo que o governo tenha o poder de veto nos assuntos estratégicos do país”, disse o governador.


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