Começou hoje e vai até amanhã a 4ª Cúpula da Indústria Nuclear da América Latina 2019 (NISLA), que está acontecendo em Buenos Aires, Argentina. O foco do encontro é o desenvolvimento da energia nuclear no Brasil, Argentina e no México. Estão sendo discutidos temas importantes como as novas construções nucleares, a extensão da vida do útil das usinas já existentes e os projetos já existentes, assim como as operações, a manutenção, o ciclo e gerenciamento do combustível nuclear. Há também a participação de representantes de governos, assim como de operadores e empresas epecistas e fornecedoras de equipamentos nucleares. Do Brasil, representantes de empresas vão apresentar seus planos para o desenvolvimento da energia nuclear em várias frentes, como Angra 3 e o Programa de expansão do programa nuclear brasileira para construção de novas usinas nucleares até 2050, o Reator Multi propósito, produção de isótopos para a medicina nuclear e o programa do primeiro submarino nuclear que está em andamento no Brasil.
Hoje de manhã (5) o Presidente da ABDAN ( Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares) Celso Cunha, fez uma apresentação para os mais de 200 delegados que participam desse encontro internacional, fazendo um Raio X da produção de energia do Brasil, em especial sobre as potencialidades da geração nuclear: “ Nós falamos um pouco sobre a nossa realidade na produção de energia. O envolvimento real do governo brasileiro no programa nuclear em suas várias frentes. Desde a preocupação para o país terminar a construção de Angra 3, como os novos projetos previstos até 2050. Essa é uma realidade que se aproxima de forma consistente.”
Sobre o potencial nuclear que o Brasil ainda tem para desenvolver, Celso Cunha disse que um mercado que tem muito para crescer em várias frentes: “ O potencial do Brasil é gigantesco. São várias frentes que não se limita apenas a geração nuclear, que está sendo levada à frente com seriedade, com o comprometimento da conclusão de Angra 3 e as novas usinas, até 2050. O país precisa de energia firme que possa garantir o seu crescimento. Nesta arrancada de desenvolvimento, precisamos de energia, de muita energia. Há ainda o imenso potencial da medicina nuclear que pode e deve crescer muito no Brasil. Há a construção do submarino, a produção do combustível nuclear, a exploração e produção de urânio, a chegada de novos fornecedores, a criação de empregos, o desenvolvimento de nossa juventude nas universidades, enfim, tudo o que o Brasil precisa. E chegaremos lá. Esse encontro aqui na Argentina serve também para mostrar o quão grande são as nossas potencialidades.”