Já está disponível no site da ABDAN a 13ª edição da revista Conexão Nuclear.
Em entrevista exclusiva, a diretora geral adjunta da Agência Internacional de Energia Atômica, Najat Mokhtar, fala sobre a amplicação da cooperação entre a AIEA e a ABDAN, que agora passa a abranger medicina nuclear também.
“A AIEA e a ABDAN intensificarão ainda sua cooperação em projetos de pesquisa clínica aplicada, potencialmente incluindo a avaliação da biodistribuição de traçadores em animais e pessoas, com foco particular no diagnóstico e tratamento do câncer”, afirmou Mokhtar.
Outra recente parceria também foi destacada na publicação. Firmado em novembro, durante o Nuclear Legacy, um acordo com a associação GIFEN – que congrega
empresas e organizações do setor nuclear da França – aproximou as duas entidades, que pretendem ampliar a cooperação entre Brasil e França.
“O Brasil e a França compartilham uma longa tradição de cooperação em muitos setores industriais, incluindo o nuclear, e esperamos estar ativamente envolvidos no programa brasileiro de novas construções”, disse a presidente do Comitê Internacional e de Exportação do GIFEN, Nathalie Allimann.
No editorial ‘Embarcando para o Futuro’, o presidente da ABDAN, Celso Cunha, reconhece os ‘avanços ao longo do presente ano’, como a retomada das obras de Angra 3 que ‘inaugura
aquilo que pode ser um novo recomeço da indústria nuclear brasileira’ e ‘a aprovação
da Medida Provisória 1.133/2022, que permite a atuação da iniciativa privada na pesquisa e lavra de minérios nucleares’.
Mas o olhar se volta especialmente para os próximos anos, com a mudança de governo, novos tomadores de decisão e a expectativa de seguir prestigiando a tecnologia nuclear como países como Estados Unidos, França e China vem fazendo, com possobilidades de ‘gerar energia
limpa e ser livre de emissões de carbono’, além do ‘diagnóstico e tratamento de doenças, na preservação de alimentos e na indústria’.
Uma matéria especial ainda celebra os avanços da luta contra a desigualdade de gênero, focando na participação de mulheres na indústria nuclear global e trazendo a história de Alina
Gorbunova, estudante de mestrado na Tomsk Polytechnic University que, em maio, se tornou a primeira mulher operadora de um reator de pesquisa localizado na Universidade Politécnica
de Tomsk na Rússia.