O Canadá destinará C$ 970 milhões (US$ 708 milhões) em financiamento para desenvolver um pequeno reator modular em escala de grade (SMR), uma nova tecnologia nuclear apontada como parte fundamental dos planos do país para reduzir as emissões.
O ministro dos Recursos Naturais do Canadá, Jonathan Wilkinson (foto), vai esboçar o empréstimo, oferecido como dívida de juros baixos do Banco de Infraestrutura do Canadá, no Complexo de Energia Darlington em Clarington, Ontário, na terça-feira, de acordo com suas observações preparadas.
O projeto de energia nuclear, que está sendo desenvolvido pela concessionária Ontário Power Generation (OPG) em Darlington, será o primeiro SMR em escala comercial no Grupo das Sete Nações Ricas (G7), de acordo com o porta-voz do ministro.
A crise energética desencadeada pela guerra na Ucrânia renovou o interesse pela energia nuclear, e as SMRs de última geração são vistas como eficientes, mais rápidas de construir, e poderiam acelerar a mudança dos combustíveis fósseis.
“Estamos fazendo isso porque a energia nuclear – como fonte de energia não emissora – é fundamental para o cumprimento das metas climáticas do Canadá e do mundo”, dirá Wilkinson. “A energia nuclear é uma fonte que pode ajudar a atingir nossas metas climáticas, ao mesmo tempo em que lida com a crescente demanda futura.”
O Canadá, como o resto do G7, está mirando as emissões líquidas zero até 2050. O governo tem uma meta intermediária de reduzir as emissões de 40% a 45% abaixo dos níveis de 2005 até 2030.
Cerca de 15% da eletricidade do Canadá vem da energia nuclear, de acordo com a Associação Nuclear Mundial.
A OPG espera que o projeto da RSE seja concluído até o final da década, e disse em julho que os trabalhos de preparação, como a construção de estradas no local, começariam este ano.
Os reatores são projetados pela GE-Hitachi Nuclear Energy, uma aliança entre a General Electric Co e a japonesa Hitachi Ltd, e poderiam abastecer cerca de 300.000 casas após a conclusão, diz o OPG.
Fonte: Reuters