Enquanto a energia eólica marítima vai ganhando espaço e atenção no mundo, outras iniciativas também estão visando a geração de energia em ambiente offshore. Desta vez, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) preparou fundos de pesquisa para um estudo de três anos sobre o desenvolvimento de geração de energia nuclear flutuante offshore no país. As entidades científicas Core Power, MIT Energy Initiative e o Idaho National Laboratory (INL) receberam os recursos.
A Core Power, com sede no Reino Unido, disse que o financiamento permitirá pesquisas colaborativas detalhadas sobre os benefícios econômicos e ambientais da geração de energia nuclear avançada flutuante e analisará detalhadamente todos os aspectos da construção, operação, manutenção e desativação dessas instalações. “É um passo importante para a Core Power trabalhar com a mundialmente renomada MIT Energy Initiative”, disse o presidente e CEO da empresa, Mikal Bøe (foto à direita). “Acreditamos que isso nos ajudará a dar o próximo passo para trazer uma nova e inovadora tecnologia nuclear para o mercado marítimo”, acrescentou.
Entre outros pontos, o projeto de pesquisa analisará como um Hub de hidrogênio limpo movido a energia nuclear na costa dos Estados Unidos poderia definir o cenário e demonstrar como tornar a produção de hidrogênio segura, barata e confiável, colocando a unidade de produção no mar. De acordo com a Core Power, em muitas partes do mundo, há fortes expectativas de usar o hidrogênio verde como fonte para fazer combustíveis de transporte com zero carbono e calor de substituição para a produção de aço verde.
“O hidrogênio verde deve ser feito de água por eletrólise e o melhor lugar para fazer isso é no mar. Lá estamos cercados por um dissipador de calor infinito, temos acesso a um suprimento infinito de água e podemos dimensionar o tamanho de nossa instalação com muito mais facilidade do que em terra”, explicou a Core.
Enquanto isso o investigador principal do projeto e diretor associado de pesquisa do Centro de Pesquisa do MIT Política Energética e Ambiental, John Parsons, afirma que à medida que os Estados Unidos avançam para descarbonizar diversos setores, incluindo o transporte marítimo, será necessário explorar e entender novas aplicações de tecnologias como produção nuclear e de hidrogênio.
O Escritório de Energia Nuclear (NE) do Departamento de Energia dos Estados Unidos criou o Programa da Universidade de Energia Nuclear em 2009, para consolidar o apoio universitário sob uma iniciativa e integrar melhor a pesquisa universitária nos programas técnicos do NE. O programa envolve faculdades e universidades dos EUA para realizar pesquisa & desenvolvimento, melhorar a infraestrutura e apoiar a educação dos alunos.
O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou anteriormente sua intenção de financiar e desenvolver hubs regionais de hidrogênio limpo (H2Hubs) nos EUA, um dos quais deve ser alimentado por energia nuclear. O financiamento viria da Lei de Infraestrutura Bipartidária de US$ 1,2 trilhão. O programa hub de hidrogênio é um programa de US$ 8 bilhões para reunir as partes interessadas para ajudar a reduzir o custo da produção avançada de hidrogênio, transporte, armazenamento e utilização em vários setores da economia.
Fonte: Petronotícias