Rio de Janeiro é um ‘cluster nuclear’ e expectativa de quarta usina em Angra dos Reis

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A decisão do  Plano Decenal de Energia 2031, de que a quarta usina nuclear brasileira tenha a sua construção no Sudeste do país, aumentou a expectativa de que o Rio de Janeiro possa ser escolhido para ser a sede deste empreendimento. E ganhou um aliado especial para levantar esta bandeira: o Parlamentar Júlio Lopes, que exerceu mandato como deputado federal até março e vai tentar uma nova cadeira na Câmara nas eleições de outubro. Ele está empenhado neste objetivo e segue um programa de visitas às empresas que estejam habilitadas a participar dessa construção quando chegar o momento certo.  “ O Rio de Janeiro é um cluster da energia nuclear e tem tudo para atrair esta quarta usina”, diz. Os fatores a favor do estado são muitos, como a presença de duas usinas em operação (Angra 1 e 2) e uma terceira em construção (Angra 3), além do fato de que o Rio abriga grandes empresas atuantes no setor nuclear. Júlio Lopes defende que a quarta usina possa ser colocada no próprio sítio de Angra dos Reis.

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Na visita que fez à EBSE, Julio Lopes se impressionou com a organização da empresa e com os projetos que estão sendo desenvolvidos dentro da companhia. Ele foi acompanhado do Almirante Carlos Seixas, Presidente da Nuclep, uma antiga parceira da EBSE.

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–  A nossa visita da EBSE foi  absolutamente surpreendente. Pelo tamanho da companhia, por sua estrutura, pelo propósito das pessoas, da animação e otimismo de sua  diretoria e por tudo que estão construindo e desenvolvendo no presente e com vistas ao futuro. Eu vi galpões sendo preparados para máquinas de tubulações que serão muito importantes para o saneamento brasileiro e darão ao Rio de Janeiro uma singular tecnologia para avanços de ativos de quatro metros de diâmetro, o que é absolutamente fascinante.

– Então o senhor pode ver que a empresa não está só focada no petróleo e gás…

– Exatamente. Especificamente neste setor, eu pude ver a alta performance na fabricação de tubos para petróleo e vários equipamentos e artefatos usados na nossa indústria de petróleo e gás, que muito ajudarão o nosso desenvolvimento.

– O senhor foi acompanhado do Almirante Seixas, Presidente da Nuclep. Qual a razão desta visita?

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– Olha, existe uma alta complementariedade da EBSE com a NUCLEP, uma outra grande empresa. E isto é algo extremamente estratégico para o Estado e para o Brasil.  Podemos estreitar e desenvolver cada vez mais essa parceria entre essas duas grandes empresas, para que nós possamos ter um cluster nuclear no Rio de Janeiro,  atraindo a usina nuclear número 4. Ou seja, o reator de número 4. Que pode ser, inclusive, um novo conceito de reator, o Small Nuclear Reactor (SMR), que são pequenos reatores nucleares. Ele pode ser instalado dentro do próprio sitio onde estão as três usinas nucleares brasileiras.

– E o que o senhor pode dizer sobre Angra 3 ?

– Nosso compromisso total é não deixar escorregar, mais uma vez, o cronograma de conclusão de Angra 3, tão estratégica para o Brasil e para o Rio de Janeiro. Assim como não permitir que nós tenhamos qualquer falha no percurso da finalização desta obra e a atração dessa quarta usina,  que é algo absolutamente fundamental para o desenvolvimento energético do país e do Rio de Janeiro.

– O Rio tem condições de receber esta quarta usina?

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– Sem dúvidas. Nós não teremos condições, isso é importante, e eu gostaria de sublinhar que para cumprir o plano energético brasileiro,  é imperioso que a quarta usina nuclear seja no Rio de Janeiro. Não há como prover uma estrutura desse tamanho, dessa capacidade, sem que a gente coloque esta quarta usina aqui. Portanto, nós queremos defender o Brasil, mas acima de tudo o Rio de Janeiro.

O Presidente da EBSE, Marcelo Bonilha, gostou das visitas de Júlio Lopes e do Almirante Carlos Seixas.

– Para nós foi bastante importante que eles pudessem ver de perto a nossa força, as características da EBSE, que é capacitada para atender a todos esses segmentos que tanto o deputado, quanto o almirante Seixas, falaram. Atuamos e temos a versatilidade de atender a indústria do petróleo e gás quanto a energia nuclear e o segmento de saneamento brasileiro. Agradeço as palavras gentis que recebemos. Está claro, e isso foi importante, porque os pensamento dos dois estão bem alinhados com as nossas ações, que priorizam o desenvolvimento sustentável das indústrias do Rio de Janeiro.

Fonte: Petronotícias