A instalação de um reator nuclear de pesquisa no Rio de Janeiro foi o marco inicial do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), fundado em 1962. Na última semana, o IEN celebrou os 60 anos dessa história, que se expandiu por diversas áreas da tecnologia nuclear.
As comemorações tiveram início no dia 5, com a realização do workshop “Reatores de Pesquisa e de Potência no Brasil e no Mundo e as Perspectivas da Energia Nuclear no País”. Especialistas de instituições públicas e privadas da área nuclear apresentaram as mais recentes resoluções e inovações do uso da energia nuclear para uma plateia de profissionais e estudantes do setor vindos de vários estados do país.
No dia 6, foi realizada, para servidores e convidados, uma cerimônia no auditório do Instituto, com a presença do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Coelho de Almeida, e de representantes de outras instituições.
Na abertura, o diretor do IEN, Fábio Staude, falou brevemente da história da criação e expansão do Instituto e apresentou seus projetos estruturantes, em oito áreas, abrangendo desde engenharia de reatores a nanorradiofármacos, radiotraçadores, capacitação e divulgação científica. “Apostamos no aprimoramento das instalações pra fortalecer e ampliar nossas parcerias com outras instituições”, resumiu. “Essa premissa”, lembra Staude, “estava presente já na criação do IEN: promover colaboração com instituições facultando-lhes o uso das instalações e cooperação técnico-científica.”
Próximo a falar, o diretor de P&D destacou o atual papel do IEN, “um hub acolhedor de instituições com muitas possibilidades de entregas à sociedade.” Já o presidente da CNEN observou que o auditório lotado de servidores, colaboradores e representantes de centros de pesquisa e de ensino demonstra a importância do trabalho do IEN: “Mesmo com restrições de pessoal e recursos, o IEN se reposicionou com ideias, criatividade e empenho.” O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, enviou mensagem de vídeo.
Em seguida foi entregue a dez personalidades e instituições o Prêmio Luiz Aghina, criado em reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento e aprimoramento do IEN e do setor nuclear brasileiro. (Leia mais no site do IEN).
Houve também o lançamento de três projetos: o curso de especialização em Direito Nuclear, inédito na América Latina, a ser oferecido a partir do próximo ano pelo Setor de Capacitação da Divisão de Ensino (Secap/Diens), a Casa da Ciência Nuclear, um espaço a ser criado no IEN para exposição permanente e mostras interativas de divulgação das aplicações da energia nuclear, e o Programa de Estágios do IEN.
Por fim foram apresentados os resultados do projeto de adequação e modernização das instalações do reator Argonauta e de seus laboratórios associados.
O projeto incluiu a aquisição de uma nova carga de elementos combustíveis, fabricados pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), em São Paulo, com tecnologia 100% nacional.
Fonte: IEN