A Indústrias Nucleares do Brasil – INB realizou, na sexta-feira (06/05), uma cerimônia para comemorar os 40 anos da inauguração oficial do Complexo Mineroindustrial do Planalto de Poços de Caldas (CIPC), atualmente Unidade em Descomissionamento de Caldas – UDC. O evento interno reuniu empregados e toda a diretoria executiva da empresa para relembrar o início da mineração de urânio no Brasil e reforçar o compromisso com o descomissionamento.O diretor de Recursos Minerais, Rogério Mendes Carvalho, destacou a importância da data e a alegria que sentia em participar desse momento. “É muita história, muito registro. É um livro da INB e dos que puderam participar da construção deste momento e deste empreendimento”.
Na busca por soluções no descomissionamento, o diretor incentivou a todos para praticar o compromisso com três valores fundamentais: integridade, inovação e envolvimento. “Nós temos que reimaginar nossas atividades e nossas ações para melhorar a vida das pessoas”. E complementou: “Devemos focar na direção dos projetos em que estamos envolvidos. Entender a finalidade, a engrenagem em que estamos e as etapas de um projeto é buscar muito além do resultado”.
O presidente da INB, Carlos Freire, afirmou que fez questão que toda a diretoria estivesse presente nessa ocasião para reforçar a importância de ter uma visão integrada da empresa e porque considera que conhecer pessoalmente uma unidade é fundamental na hora de tomar decisões. “Nós somos uma única empresa e precisamos ter essa visão integrada de que o que acontece em uma unidade, o que afeta uma área ou a conquista de outra, impacta toda a INB”, afirmou.
Freire relembrou que a Unidade em Descomissionamento de Caldas- UDC foi a primeira que visitou quando assumiu a Presidência da INB em 2019, por conta da obra na Barragem de Rejeitos. E destacou alguns avanços importantes da UDC nesses três últimos anos como a realização do primeiro simulado externo de emergência; a garantia da estabilidade das barragens por auditor independente em Inspeções de Segurança Regular (ISR); a automatização dos piezômetros das barragens que permite leituras com uma frequência muito maior; a troca de telhas de um dos galpões da Torta II; a assinatura com o CDTN para realização de estudos na Unidade e a melhoria nas condições de embalados e empilhamento da Torta II. “Gostaria de ter estado mais vezes aqui, mas a pandemia atrapalhou bastante esses deslocamentos”, explicou.
O presidente também afirmou que é preciso desmistificar a ideia de que o descomissionamento esteja relacionado ao passado. “Descomissionar é mostrar que temos compromisso com nossas atividades do início ao fim. É comprovar que realizamos nossas atividades com segurança. É uma ação do presente”.
A Unidade em Descomissionamento de Caldas é regulamentada por diversos órgãos de controle ambiental e nuclear, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, além de outros órgãos de controle ambiental e nuclear municipais, estaduais, nacionais e internacionais.
Trajetória- A história da INB em Caldas começou em 1970, com a descoberta do Campo do Cercado quando nasceu o Complexo Mineroindustrial do Planalto de Poços de Caldas (CIPC). Em 1974, foi inaugurada a Usina Piloto de Caldas, onde hoje funciona o Laboratório de Poços de Caldas – Lapoc da CNEN. Em fevereiro de 1982, é iniciada a operação comercial do CIPC para a produção de concentrado de urânio (DUA). No dia 6 de maio de 1982 foi realizada a inauguração oficial do Complexo. Em 1995, a empresa encerrou suas atividades minerais em Caldas, porém, mantém ações de monitoramento na área e busca de soluções para o descomissionamento da Unidade.
Além das instalações, o solo, as águas e os equipamentos da antiga mineração são permanentemente monitorados, assim como os materiais radioativos que estão estocados, de modo a proteger o meio ambiente e assegurar a saúde dos trabalhadores da unidade e dos moradores da região.
Fonte: INB