O presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, disse nesta quinta-feira (3) que a estatal está estudando possíveis oportunidades de investimentos em diferentes fontes energéticas, de olho no período de transição energética. A lista inclui até mesmo recursos em pequenas centrais nucleares e energia geotérmica, declarou o executivo durante um evento promovido na manhã de hoje pelo Credit Suisse. No entanto, o presidente da petroleira afirmou que investimentos nessa direção estão no campo de análises e que o foco atual mesmo é na exploração e produção de petróleo.
Silva e Luna lembrou que a Petrobrás estabeleceu um comitê de pesquisa sobre novas tecnologias, focando na análise de investimentos em outras opções. “Nós criamos uma governança para tratar dessa área de transição energética e de novas fontes de produção. Esse comitê tem avaliado tudo isso. São mais de nove tipos de fontes que estão sendo observadas. Até mesmo a parte nuclear. Estamos analisando pequenas usinas nucleares. Eólica, fotovoltaica e geotérmica também. Estamos analisando todas essas possibilidades”, declarou.
Em seguida, o presidente da Petrobrás ressaltou que um investimento da empresa em outras fontes fora da área de hidrocarbonetos só acontecerá caso fique comprovado o retorno financeiro. “Hoje, não pensamos em nenhum tipo de investimento que não tenha muita clareza de que resultará em retorno. Esse comitê está junto com o Cenpes [Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello] fazendo análises e verificando o comportamento do mercado. Enquanto isso, continuamos focados na melhoria da nossa produção de águas profundas”, acrescentou.
Falando sobre óleo e gás, Silva e Luna afirmou que a Petrobrás deve concluir o gasoduto Rota 3 e a unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Polo GasLub em Itaboraí (RJ) no segundo semestre do ano. Quando estiverem em operação, esses ativos ampliarão em 21 milhões de metros cúbicos de gás por dia a oferta interna de gás.
Já em relação à atividade exploratória, o presidente disse que a primeira perfuração da empresa na Margem Equatorial está programada para a segunda metade do ano. “Ao atingir um nível de dívida que consideramos saudável, agora podemos olhar para os investimentos com retorno grande para a empresa. A partir do segundo semestre do ano, podemos entrar com a exploração na Margem Equatorial, fazendo o primeiro furo para investigação. Dependendo dos resultados, poderemos ter boas surpresas pela frente”, concluiu.
Fonte: Petronotícias