Depois da aprovação da conversão em lei da Medida Provisória 998 que agora depende apenas da sanção presidencial, a Eletronuclear programa para março o início dos editais de tomadas de preços para contratação das obras de aceleração do caminho crítico da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, que vai garantir o cumprimento do prazo de 2026 para o início da operação da usina.
Os recursos para a obra foram liberados na última reunião do Conselho de Administração da Eletrobras, informa o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, que acompanha de perto o processo.
“Para nós é o marco do renascimento do setor nuclear brasileiro, é uma grande sinalização de que a obra não está parada e vai ajudar a atrair investidores”, avalia Cunha.
O plano de aceleração do caminho crítico consiste no adiantamento das obras civis (fechamento da cúpula da usina) e montagem eletromecânica. É também uma forma de mostrar aos futuros parceiros que a construção da usina está em andamento, o que pode facilitar a segunda etapa para a construção da usina, que depende de recursos privados.
Segundo Cunha, para a primeira etapa foram liberados cerca de R$ 6 bilhões, sendo que a maior parte das obras deverá ocorrer entre 2021 e 2022. A previsão é de que esteja concluída em 2025, um ano antes da entrada em operação.
Fonte: CNN Brasil