O ministro do MME divulgou que já iniciaram os estudos que buscam um local para a construção da nova usina nuclear
A construção da nova usina nuclear no Brasil
A construção da usina deve ser indicada no Plano Decenal de Energia (PDE) de 2031, documento que serve de base para o planejamento do setor. Com duas usinas (Angra 1 e 2, em Angra dos Reis-RJ), a matriz responde hoje por menos de 3% de toda a energia gerada no país. O governo diz que está estudando onde será construída a nova usina nuclear.
“Já pensando mais para frente, estamos trabalhando no PDE 2031, a ser apresentado no início do próximo ano, que além da conclusão de Angra 3, em 2026/2027, estará prevista a implantação de uma nova usina nuclear no Brasil. Para isso, o MME, a EPE e a Cepel, já deram início aos estudos complementares para localização de novos sítios nucleares no Brasil”, disse o ministro do MME.PUBLICIDADE
Governo prepara nova nuclear, mas ainda não retomou obras de Angra 3
A construção da usina nuclear Angra 3 parou depois de denúncias de corrupção e por conta da deterioração do cenário fiscal. Agora, o governo busca parceiros e uma forma de fazer com que a obra seja retomada e a usina entre em operação entre 2026 e 2027.
O parque termonuclear brasileiro, na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, conta com duas usinas em funcionamento: Angra 1 opera há 36 anos e possui 640 megawatts (MW) de potência. Angra 2 foi inaugurada em 2001, com 1,35 gigawatts (GW). Já Angra 3, quando estiver pronta, terá 1,4 GW. O volume de energia produzido pelas duas plantas nucleares em operação é responsável por cerca de 2% da matriz elétrica nacional.
Recentemente, o governo federal fechou com estatal russa para a construção e manutenção de usinas nucleares
A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável por operar as usinas nucleares brasileiras, e a empresa russa Rosatom assinaram um memorando de entendimentos para construção e manutenção de usinas nucleares de grande e pequena potência no Brasil. O acordo foi fechado durante a Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que ocorre em Viena, na Áustria.
O acordo entre as empresas, válido por três anos, aborda temas como construção de usinas nucleares no Brasil, projetos para desenvolvimento de reatores terrestres e flutuantes e gestão de resíduos. O acordo de cooperação inclui outras possibilidades, como técnicas de construção e ciclo do combustível. O documento também abre espaço para participação da Rosatom na sondagem de mercado do modelo econômico.
Presidente da Eletronuclear, Leonan dos Santos Guimarães destacou a importância do acordo para a empresa e o desenvolvimento das usinas nucleares no Brasil. O executivo diz que para a Eletronuclear, esse instrumento de cooperação mútua assinado com a Rosatom, representa uma excelente oportunidade na expansão futura dos negócios, e em especial, no atendimento à necessidade de crescimento da geração núcleoelétrica em nosso país.
Fonte: Click Petróleo e Gás