Nos Estados Unidos, um grupo de cientistas anunciou resultado inédito no campo da fusão nuclear, um feito que pode vir a ter grande impacto na produção global de energia.
Fusão nuclear é uma fonte inesgotável de energia limpa que não polui a atmosfera e não produz material radioativo. Parece ficção científica, mas é pura realidade.
Os cientistas usam o processo oposto ao da fissão nuclear, na qual um átomo pesado de urânio é dividido em átomos menores, o que gera altas quantidades de energia e calor. Resumindo: gera energia, mas produz lixo radioativo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/K/T/wp09ObT0mLEIop8dkelA/fusao-nuclear-2.jpeg)
Na fusão nuclear, no entanto, dois átomos de hidrogênio se chocam a uma velocidade altíssima, produzindo átomos de outro elemento: o hélio. Os cientistas usaram 192 raios laser para comprimir os átomos a uma temperatura de 100.000.000 ºC.
O anúncio do feito será feito nesta terça-feira (13), pela secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm. Só que ainda vai levar anos, talvez décadas, até que a energia gerada por esse processo chegue ao consumidor final.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/H/4/mN3vIAS4Gj2YFMhE56jg/fusao-nuclear-1.jpeg)
Por enquanto, o laboratório que conseguiu gerar essa energia – o Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia – só pode repetir o processo uma vez por dia. Porém, para que seja viável economicamente, é preciso fazer diversas fusões por segundo, e os cientistas ainda estão longe disso.
Será preciso muito investimento e muito estudo para que esse método revolucione de fato o mercado de energia. E para que a esperança se torne realidade.
Fonte: Jornal da Globo