Nuclear tem lugar no planejamento energético brasileiro? Agência epbr discute o tema em entrevista com o presidente da ABDAN

Na esteira das energias renováveis, a nuclear aparece como alternativa na transição energética como uma fonte de baixa emissão de carbono.

Recentemente, a União Europeia resolveu classificá-la como apta a receber investimentos verdes. O documento final da COP27 também deixou em aberto a participação da nuclear na transição.

O tema, porém, não é consenso. Nem mesmo no bloco europeu, que enfrenta dificuldades no abastecimento de energia. Alemanha é contra, França a favor.

E o Brasil?

Por aqui, se arrastam há décadas os projetos de expansão da nuclear. Por enquanto, Angra 1 e 2 são as únicas plantas em operação no país. A promessa de Angra 3 — em construção desde 1984 e com obras paradas há seis anos — se reacendeu no início deste ano com a decisão da Eletrobras de retomar os trabalhos.

A conclusão da unidade pode custar R$ 17 bilhões, segundo estimativas da Eletronuclear.

O Plano Decenal de Energia (PDE 2031), também prevê a construção de uma quarta usina nuclear no país, sem local definido.

Críticos defendem que o descomissionamento de Angra 3 custaria menos e que recursos deveriam migrar para renováveis, que apresentam riscos ambientais muito menores.

Defensores da nuclear apontam para a segurança energética da fonte, que não depende de incidência solar e de ventos.

Outro fator em jogo são as reservas de urânio no Brasil. Estudos revelam que o país pode ter a segunda maior reserva do mundo.

Nesta edição do antessala, discutiremos qual o papel da energia nuclear na matriz brasileira.


Nesta edição do antessala, recebemos Celso Cunha, presidente da ABDAN (Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares), e Juliano Bueno de Araujo, diretor técnico do Instituto Internacional Arayara. Assista na íntegra!