Vista de uma das partes do Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN. Ali, a doutoranda e bióloga Natália da Silva (em primeiro plano), o coordenador do laboratório Ralph Santos Oliveira (ao centro) e a pós-doutoranda e radioquímica Martha Pijeira (ao fundo) operam um rotaevaparodor e ultrassonicador.
“Em uma disputa acirrada, com mais de 150 candidaturas de todo o Brasil, com grupos fortes e consolidados na disputa, estivemos entre as 20 propostas aprovadas na chamada do Programa InovaGrafeno do CNPq”, comenta Ralph Santos-Oliveira, coordenador do Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN. O Programa InovaGrafeno busca apoiar a realização de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e a implementação de iniciativas de aplicação na sociedade de soluções tecnológicas e empresariais, usando o grafeno e materiais 2D à base de carbono. Esta atividade de PD&I está nas fronteiras da física, química, ciências da saúde e engenharias. O resultado preliminar da chamada saiu no dia 26 de outubro deste ano.
O projeto do IEN encaminhado ao CNPq se baseia na aplicação biomédica do grafeno (uma das formas cristalinas do carbono, assim como o grafite e o diamante), promovendo o seu uso médico e farmacêutico. Dessa forma, prevê-se o uso de pontos quânticos de grafeno (nanopartículas de grafeno com tamanho inferior a 100 bilionésimos de metro), óxido de grafeno e outros derivados como agentes de imagem, terapia e teranósticos (teranósticos são medicamentos que possuem a dupla função de tanto servirem para diagnóstico como para terapia).
A verba do InovaGrafeno será alocada no Laboratório de Nanorradiofármacos em custeio, capital e recursos humanos. Ela possibilitará maior adequação física do laboratório, assim como a aquisição de equipamentos de ponta, o que propiciará o aumento da produtividade intelectual, acadêmica e tecnológica dessa instalação. Além disso, foram previstas duas bolsas de pós-doutoramento e uma de pesquisador visitante, ampliando os recursos humanos do laboratório e “firmando o mesmo como um dos maiores centros de pesquisa em Nanorradioarmácia do país”, pontua Santos-Oliveira.
O projeto aprovado pelo CNPq envolve outros grupos de pesquisa, como da Fiocruz, UERJ, UFRJ e UFMA, sendo o IEN a instituição executora e coordenadora. A avaliação in vitro dos novos radiofármacos será feita no próprio Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN, que possui estrutura para isso, enquanto a parte in vivo será executada junto às instituições parceiras.
O Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN possui atualmente cerca de 30 colaboradores, entre alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. “É importante frisar que somos um dos maiores grupos de pesquisa em Radiofarmácia e Nanorradiofarmácia do Brasil, e a conquista desse edital sacramenta a excelência do nosso laboratório”, conclui o seu coordenador, Santos-Oliveira.
Fonte: IEN