O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, fez um apelo global para promover os benefícios da energia nuclear limpa e confiável, assim que a Conferência Ministerial Internacional sobre Energia Nuclear foi concluída, em Washington, Estados Unidos, em meio a um novo relatório terrível sobre as mudanças climáticas e uma crise energética em curso que enviou preços subindo em todo o mundo. Grossi encerrou a conferência junto com sua presidente, a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, após três dias de conversas de alto nível envolvendo cerca de 800 participantes, incluindo ministros, altos funcionários, formuladores de políticas e especialistas de 69 países e nove organizações internacionais, incluindo a delegação brasileira. Entre outras coisas, os participantes concordaram que a energia nuclear, que não emite gases de efeito estufa durante a operação, pode contribuir significativamente para alcançar emissões líquidas zero até 2050, de acordo com o Acordo de Paris, de acordo com as conclusões da conferência lidas pelo secretário Granholm.
Para Rafael Grossi, as discussões atuais ocorridas no evento encapsulam muito bem as oportunidades e os desafios pela frente. “Em quatro anos, outra conferência como esta acontecerá; vamos assumir o compromisso de que muitas das coisas que dissemos durante esses dias em Washington precisavam ser feitas, já estão bem encaminhadas. Não é apenas a coisa boa a fazer. É o que todos nós precisamos”, declarou.
A conferência terminou um dia depois que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente divulgar um relatório sobre os esforços mundiais para evitar que o aquecimento global cruzasse o limiar de uma mudança climática catastrófica, afirmando que atualmente não há um caminho credível para 1,5 graus Celsius: “Somente uma transformação urgente em todo o sistema pode evitar um desastre climático acelerado”, revelou o relatório, divulgado cerca de uma semana antes de líderes mundiais e formuladores de políticas se reunirem no Egito para a Conferência Anual Mudanças Climáticas da ONU ( COP 27).
Fonte: Petronotícias