“É inacreditável”, diz ministro sobre a usina de urânio do Ceará ainda não funcionar

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, criticou o fato de a usina de urânio e fosfato de Santa Quitéria, no interior do Ceará, ainda não estar em operação, após tantos anos de imbróglios.

“É inacreditável não conseguir minerar em Santa Quitéria. Esse projeto significa emprego para o Ceará”, disse Sachsida, em palestra a grandes empresários cearenses, no Seminário Energia Brasil, na tarde desta sexta-feira, em Fortaleza.

No entanto, o ministro mostrou-se otimista com o destravamento do lendário projeto, que vem se arrastando desde os anos 1980. 

O empreendimento está em fase de obtenção de licenciamento ambiental, após a realização de audiência públicas em junho deste ano. O cronograma prevê início das obras em 2023.

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A previsão do consórcio responsável — formado por INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e Galvani — é que sejam gerados 8.400 postos de trabalho diretos e indiretos criados durante a construção e outros 2.800 na fase de operação.

CRESCIMENTO DA ECONOMIA

No seminário, Sachsida – que foi secretário de Política Econômica e chefe da Assessoria Especial do ministro Paulo Guedes –, também listou uma série de ações do Ministério da Economia, chamadas por ele de “microrreformas”, para melhorar o ambiente de negócios e estimular os investimentos privados. Entre elas, estão medidas que reduziram impostos e desburocratizaram setores; bem como os marcos legais, como o do saneamento.

Ele teceu críticas às estimativas erradas do mercado financeiro sobre o desempenho da economia nacional em 2022 e enalteceu os resultados alcançados que, segundo ele, colocam o Brasil em destaque global, à frente da Alemanha, da Inglaterra e da China.

HIDROGÊNIO VERDE

O ministro também destacou a importância do hidrogênio verde para o futuro da matriz energética e afirmou que o Governo Federal vem dando suporte à pauta, que recebe grande atenção no empresariado cearense.

Inclusive, está em formulação, em Brasília, um programa nacional com diretrizes para o desenvolvimento da economia do hidrogênio.

Fonte: Diário do Nordeste