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Uma terça-feira com muitas novidades em relação ao projeto da usina nuclear de Angra 3. De um lado, a retomada efetiva de parte das obras da planta deve acontecer já nos próximos dias. Paralelamente, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciou na terça-feira (18) em uma rede social que as condições financeiras da retomada da obra global do empreendimento serão, finalmente, reveladas em novembro.
Para melhor entendimento, é preciso explicar sempre que a retomada de Angra 3 está dividida em duas frentes. A primeira delas é o chamado “Plano de Aceleração do Caminho Crítico”. O objetivo desse programa é adiantar os trabalhos em algumas partes de Angra 3. O consórcio responsável por tocar essas atividades é formado pelas empresas Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz.
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Segundo apuração do Petronotícias, as preparações no canteiro de Angra 3 já estão sendo realizadas desde o começo do ano. O próximo passo agora será o início efetivo das obras do Plano de Aceleração, com o lançamento do primeiro concreto. Esse importante marco, segundo fonte ouvida por nossa reportagem, já deve acontecer nos próximos dias – provavelmente até a próxima semana. A Eletronuclear está apenas aguardando uma liberação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão que regula o segmento nuclear brasileiro.
Um dos principais trabalhos previstos nas obras civis do Plano de Aceleração de Angra 3 é a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator da planta. Outra etapa crucial será o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico.
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Enquanto isso, a segunda linha de frente para concluir Angra 3 é a obra global do projeto. A Eletronuclear ainda irá contratar a empresa EPCista que irá assumir a construção do empreendimento como um todo. O contrato que será concedido ao EPCista será baseado na estruturação final desenhada pelo BNDES.
Um dos pontos principais desse desenho do BNDES é justamente a questão da estruturação financeira do projeto. Mais cedo, o ministro Adolfo Sachsida escreveu em seu perfil no Twitter que “em novembro serão definidas as condições financeiras de Angra 3”. Ainda de acordo com Sachsida, a usina receberá R$ 21,3 bilhões em investimentos. Somente em 2023 e 2024, o volume de recursos deve passar da casa dos R$ 6 bilhões. Por fim, o ministro também anunciou que foi autorizada a extensão da vida útil de Angra 1, com investimento de R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Petronotícias