Polônia se aproxima de França e EUA em busca de parceria nuclear

O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki (L) e o presidente francês Emmanuel Macron (R) apertam as mãos durante uma coletiva de imprensa conjunta como parte de sua reunião no Palácio do Eliseu em Paris, França, em 29 de agosto de 2022.

A Polônia está conversando com vários potenciais parceiros para lançar energia nuclear no país, com o objetivo de ter seis reatores operando antes de 2040, disse o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki na segunda-feira (5).

Na semana passada, Morawiecki discutiu uma parceria sobre energia nuclear com a vice-presidente dos EUA Kamala Harris, em particular “empresas e tecnologias específicas”, bem como “como intensificar” o desenvolvimento da energia nuclear na Polônia, como relatado pelo Forsal.pl.

“Queremos cooperar muito estreitamente com nossos parceiros (no nuclear). Por enquanto, o mais desenvolvido é a nossa cooperação com os parceiros americanos. Foi isso que discuti com a Sra. Harris”, disse Morawiecki.

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De acordo com o documento Política Energética da Polônia até 2040, adotado no ano passado, Varsóvia, que depende fortemente de combustíveis fósseis e atualmente não tem usinas nucleares comerciais, planeja construir seis no total.

A primeira unidade de energia nuclear com capacidade de cerca de 1-1,6 GW deve ser encomendada em 2033, mas os críticos alertam que o prazo é irrealista.

Morawiecki também mencionou a visita da semana passada a Paris, onde disse ter discutido o nuclear com o presidente francês Emmanuel Macron. Ele espera que “essa cooperação seja compatível”, o que ele disse que a Polônia “confirmou com os americanos e os franceses”.

Varsóvia também está conversando com os sul-coreanos sobre a tecnologia nuclear americana que implementaram, acrescentou Morawiecki.

A Polônia quer “acelerar as negociações” com diferentes parceiros sobre energia nuclear. “Vemos claramente o quão rápido essa política de amizade com gás entre a Alemanha e a Rússia entrou em colapso e levou à miséria na Europa”, apontou.

Fonte: Euractiv