Os pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês) representam uma nova e importante fronteira tecnológica da indústria nuclear mundial. De olho no potencial dessa novidade, a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) liderou a criação do “Fórum Permanente sobre SMR”. Nesta sexta, o grupo realiza sua segunda reunião do ano, com a participação dos principais tomadores de decisão do governo brasileiro e as empresas associadas da ABDAN. Será uma conferência com mais de 20 empresas participantes.
Os assuntos discutidos na reunião desta sexta-feira são: abordagens de construção para usinas baseadas em SMR; características operacionais de SMR; aspectos críticos de localização para usinas baseadas em SMR; especificidades de aplicações de calor para processos industriais e produção de hidrogênio; especificidades de aplicações remotas e off-grid; e implicações potenciais para o ciclo do combustível nuclear.
De acordo com a ABDAN, as tecnologias SMR são frequentemente vistas como soluções promissoras para enfrentar os desafios de custos vivenciados na construção de usinas de grande porte. Um dos principais argumentos tem sido que graus mais altos de modularidade e menos obras no local reduziriam o risco de construção de usinas baseadas em SMR.
“Para a implantação de SMRs no Brasil, será preciso estudar o mercado e identificar oportunidades. Também será necessário adaptar o nosso licenciamento e a regulação para essa tecnologia. Precisaremos reunir muitas informações até os SMR virarem uma realidade. A maioria das grandes empresas desse setor estão filiadas à ABDAN. Então, estamos contribuindo com informações e sinergias”, declarou o presidente da ABDAN, Celso Cunha (foto).
O Fórum Permanente sobre SMR é composto por representantes das seguintes entidades: Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Ministério de Minas e Energia, Autoridade Nacional de Segurança Nuclear, Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade da Marinha do Brasil, Centro de Pesquisa da Eletrobrás – CEPEL, ABDAN, Agência Internacional de Energia Atômica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Institutos de Pesquisa.
Fonte: Petronotícias