“A energia nuclear é a mais segura de todas as tecnologias de eletricidade que temos.” A declaração foi feita por Patrick Moore, ex-diretor do Greenpeace em uma entrevista recente ao “Special Report” da NewsNation, logo após a Comissão Europeia indicar que projetos de gás natural e energia nuclear devem ser incluídos na taxonomia de financiamento sustentável do bloco.
Nova taxonomia da UE: Moore fez a entrevista na esteira da controversa ação do Parlamento Europeu para apoiar a adição de energia nuclear e gás natural à taxonomia da União Europeia de tecnologias verdes ambientalmente sustentáveis. Em resposta a essa ação, o Greenpeace anunciou que apresentaria um pedido formal à Comissão Europeia para rever a mudança e, se necessário, montar um desafio legal à ação junto ao Tribunal europeu de Justiça.
Acidentes são a exceção, não a regra: Moore expressou sua forte discordância com a posição antinuclear do Greenpeace, enfatizando que existem mais de 100 usinas nucleares operacionais nos Estados Unidos e no Canadá — nenhuma delas já causou um ferimento ou morte por radiação ou um acidente. Mesmo os conhecidos acidentes na Ilha Three Mile e Fukushima “não machucaram ninguém, muito menos matar alguém por radiação”. O único acidente nuclear que resultou em ferimentos humanos, ele apontou, foi o desastre de Chernobyl na União Soviética, que ele atribuiu ao projeto de reator defeituoso dos russos, acrescentando: “Nenhuma outra usina nuclear no mundo jamais teve esse tipo de acidente nuclear.”
Sendo sensato: Para um ambientalista declarado, Moore apresentou uma perspectiva extraordinariamente prática sobre opções energéticas. “Nuclear é a única tecnologia que pode realmente substituir muitos dos combustíveis fósseis. Não por causa [do dióxido de carbono] ou da mudança climática, mas porque os combustíveis fósseis são preciosos, e devemos guardá-los para coisas que só podem ser feitas com combustíveis fósseis, como aviões, [ou alimentando] grandes caminhões e grandes equipamentos agrícolas.”
As novas observações de Moore estão em consonância com seus apelos anteriores por “ambientalismo sensato” que equilibra “prioridades ambientais, sociais e econômicas”.
Fonte: Nuclear Newswire