A instalação da usina para extrair fosfato e urânio em Santa Quitéria deve aumentar em 10 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do município, segundo estudo de impacto realizado pelo Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), cujos resultados foram repassados em primeira mão a esta Coluna.
Os dados apontam que a economia da cidade deve saltar do atual patamar de R$ 500 milhões para cerca de R$ 5 bilhões quando a mina de Itataia estiver em plena operação. O Produto Interno Bruto é a somatória de todos os produtos e serviços produzidos em uma determinada região.
“O trabalho desenvolvido leva em consideração todo o impacto pelo qual a economia local deverá passar, com geração de empregos diretos e indiretos, produtos e serviços que serão realizados na localidade, além da taxa tendencial de crescimento do PIB no município”, explica o gerente de produto do Observatório da Indústria, Elton Freitas.
CHANCE DE SUPERAR SOBRAL E JUAZEIRO
Antes mesmo de as operações da usina iniciarem, a expectativa é de que o PIB já cresça 169% no período de dois anos em que será construída a infraestrutura para operação da mina e do complexo mineroindustrial, saltando dos atuais R$ 500 milhões para R$ 1,345 bilhão, conforme o estudo feito em parceria com o Consórcio Santa Quitéria, responsável pelo projeto.
Caso esse crescimento exponencial se confirme, Santa Quitéria terá durante a operação da mina um PIB maior do que possuem atualmente os municípios cearenses de Juazeiro do Norte (R$ 4,9 bi) e Sobral (R$ 4,6 bi), por exemplo.
GERAÇÃO DE 11.200 EMPREGOS
O levantamento indica ainda que o projeto deve gerar cerca de 11.200 diretos e indiretos, sendo 8.400 na fase de construção do empreendimento e outros 2.800 na fase de operação do complexo.
A arrecadação e repasse de impostos e tributações também deve aumentar consideravelmente, chegando a R$ 7,4 milhões por ano durante a construção da mina e indo a R$ 14 milhões anuais com a operação.
“Esses são aportes consideráveis que poderão ser reinvestidos em infraestrutura e melhorias por parte do município para os moradores de Santa Quitéria. Essa arrecadação é anual, e a operação da mina é de pelo menos 20 anos”, explica Freitas.
Fonte: Diário do Nordeste