Marinha realiza primeiro Exercício de Resposta a Emergência Nuclear e Radiológica Naval de 2022

Centro de Acompanhamento de Respostas a Emergências Nucleares e Radiológicas Navais

No dia 30 de maio, foi realizado o primeiro Exercício de Resposta a Emergência Nuclear e Radiológica Naval (ENRN) de 2022, com a participação da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (AgNSNQ), Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica de Aramar (BtlDefNBQR-ARAMAR), Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, além de representantes do Comando de Operações Navais, do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha e da Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha, organizações militares componentes da estrutura do Centro de Acompanhamento de Respostas a Emergências Nucleares e Radiológicas Navais (CARE), localizado na AgNSNQ.

O CARE tem por objetivo acompanhar, em tempo real, eventos de resposta frente a uma ENRN que ocorra em instalação nuclear da MB, ou em eventuais visitas de meios navais extra-MB com plantas nucleares embarcadas, de modo a prover uma adequada consciência situacional à Autoridade Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (ANSNQ). Para concretizar esse objetivo, o Centro faz uso do SIS-CARE, Sistema Digital desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) para auxílio à tomada de decisão pela ANSNQ, em nível estratégico, durante uma situação de ENRN.

Equipe de resposta NBQR no Centro Industrial Nuclear de Aramar

Para o exercício, foi simulado um vazamento de hexafluoreto de urânio (UF6) com acidentados, ocorrido no Laboratório de Materiais Nucleares, em Iperó (SP). Em seguida, realizou-se o acionamento do CARE e do Plano de Emergência de Aramar para início das ações tempestivas de resposta, consistindo na mitigação do vazamento, remoção e descontaminação de acidentados, assim como os demais procedimentos de segurança postulados. O evento contribuiu para o aprestamento e a capacitação dos recursos humanos e materiais envolvidos com a segurança nuclear naval, de modo a assegurar a proteção necessária às tripulações, ao meio ambiente e à sociedade.

A AgNSNQ, órgão central executor das atividades de regulação e fiscalização de meios navais com plantas nucleares embarcadas, assim como do transporte de seu combustível nuclear, realiza esforços para a consolidação de uma efetiva cultura de segurança nuclear naval, visando difundi-la por todas as organizações e atividades relacionadas ao Programa de Submarinos (PROSUB) e ao Programa Nuclear da Marinha (PNM), cujo objeto precípuo é o Submarino Convencionalmente armado com Propulsão Nuclear.

Fonte: Marinha