ABDAN e Holtec discutem modelo de negócios de Angra 3 e SMRs

Rick Springman e Celso Cunha

A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) vive uma semana de muitas reuniões com representantes de grandes multinacionais. Desta vez, o presidente da entidade, Celso Cunha, recebeu o vice-presidente de projetos internacionais da Holtec, Rick Springman. Algumas das pautas do encontro foram a pesquisa de mercado (market sounding) sobre o modelo de negócio das obras de Angra 3 e perspectivas em relação aos pequenos reatores modulares (SMRs). Nesse contexto, o Brasil pode despontar como um potencial fornecedor de combustível para esses reatores no longo prazo.

A Holtec está construindo o seu modelo de SMR e a empresa vai precisar de combustíveis para esses modelos de reatores. Isso é algo muito importante para o Brasil, já que seria excelente se o nosso país pudesse produzir e fornecer esse combustível”, comentou Celso Cunha. O presidente da ABDAN tem insistido na tecla de que é preciso posicionar o país como um exportador de combustível nuclear. O tema também chegou a ser debatido durante o evento internacional Nuclear Summit, realizado na última semana.

Para contextualizar, a Holtec está desenvolvendo o SMR-160, pequeno reator modular de água pressurizada que não depende de nenhuma bomba ou motor para remover o calor do combustível nuclear. O modelo produz energia elétrica líquida (MWe) de 160 Megawatts ou energia térmica (MWt) de 525 Megawatts para aplicações de processo. A empresa diz que o SMR-160 representa inovação por meio da simplificação e uso de sistemas de segurança totalmente passivos, enquanto conta com décadas de histórico operacional comprovado para a frota comercial de reatores de água leve pressurizada existente.

Anteriormente, a ABDAN também recebeu o CEO global da TractebelPhilippe Van Troeye, e o CEO brasileiro da empresa, Claudio Maia. Além de discutirem os rumos da indústria nuclear do país, os executivos foram apresentados a um grande números de empresas que podem contribuir na pesquisa de mercado sobre o modelo de negócios de Angra 3.

Fonte: Petronotícias