Celso Cunha destaca o trabalho coletivo na série “Realizadores que Influenciam”

Celso Cunha, presidente da ABDAN (Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares), membro do Conselho da Federação das Associações do Setor Elétrico (FASE) e do Conselho de Energia da FIRJAN, é uma importante figura para o setor de energia do Brasil.

Formado em Engenharia Elétrica também pela UFRJ, Cunha coleciona momentos marcantes em sua carreira até chegar ao cargo principal da ABDAN. O executivo relembra os primeiros passos de sua trajetória profissional, ainda longe do setor nuclear.

“Trabalhei por muito tempo no metrô do Rio de Janeiro. Após esse período, me dediquei aos estudos do doutorado que fiz fora do país. Retornando ao Brasil, fiquei por dois anos e meio na Secretaria de Estado de Energia, Indústria Naval e Petróleo do estado do Rio de Janeiro (SEEN-RJ), junto com o secretário Wagner Victer, por quem tenho muita gratidão. Também passei pela Secretaria Municipal de várias cidades do estado, como Paracambi, Nova Iguaçu e Niterói, onde trabalhei com Eduardo Paes.”

Com seu forte espírito de liderança, Cunha realizou importantes projetos no setor. Em entrevista para a série “Realizadores que Influenciam”, ele ressalta, com alegria, seus principais feitos.

“Coordenei um programa de 40 mil propriedades rurais que foram eletrificadas. Nesses lugares, haviam famílias que não podiam usar uma geladeira por falta de energia. Com esse trabalho, entramos na casa dessas pessoas, carentes da presença do poder público. Ajudá-las foi uma extrema satisfação.”

Cunha também trabalhou na construção da Universidade de Paracambi, localizada no interior do Rio de Janeiro. “Nós conseguimos transformar uma cidade praticamente dormitório em uma cidade universitária. O que mais me impacta é ver pessoas ao longo da minha vida que eu consegui ajudar de alguma forma. Isso para mim faz muita diferença”, ressalta.

Gestão e liderança

Para o presidente da ABDAN, o exemplo ideal de gestão e liderança se baseia na cooperação. “Busco trabalhar com o modelo de cooperação, porque acredito que isso faz parte da nossa essência. Esse modelo de gestão, em que você traz os Stakeholders para fazer a diferença em um trabalho coletivo e de evolução mútua é a nossa marca”.

Se por um lado o trabalho cooperativo traz bons resultados, os esforços provenientes dessa ação enfrentam alguns obstáculos. Celso Cunha destaca como a principal barreira para implantar esse estilo de gestão o próprio ser humano.

“Temos vaidades e formas diferentes de pensar. Criar sinergia em torno de distintos interesses econômicos e sociais é o grande entrave. Mas grandes parceiros e empresas internacionais têm nos apoiado no nosso propósito, que é de transformar vidas a partir do setor de energia”.

Seguindo essa política, Cunha e sua equipe tornaram a ABDAN referência no setor nuclear brasileiro. Exemplo disso foi o acordo técnico assinado entre a Associação e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Com essa parceria, as duas instituições cooperam em áreas de planejamento de energia, operação de longo prazo de usinas nucleares, desenvolvimentos de pequenos reatores modulares, entre outros pontos. O objetivo é ajudar na difusão da tecnologia nuclear pelo Brasil.

Confira o bate-papo de Celso Cunha na série “Realizadores que Influenciam” transmitida pelos canais de comunicação da Full Energy.

Fonte: Full Energy