Pesquisadores da Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, afirmaram nesta quarta-feira (26) que conseguiram gerar, pela primeira vez, energia a partir da fusão nuclear — um avanço estudado há décadas, agora ainda mais necessário diante da crise climática.
A fusão nuclear exige uma quantidade grande de calor e pressão para unir o núcleo de átomos de hidrogênio e, assim, produzir hélio. É esse processo que faz com que o sol libere mais energia de forma extrema.
Para gerar essa energia, os cientistas direcionaram 192 raios laser contra um alvo de 2 milímetros de diâmetro que continha hidrogênio.
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Alex Zylstra, físico experimental no Lawrence Livermore National Laboratory, conta que eles criaram um sistema em que o plasma, utilizado como combustível, está se autoaquecendo. No passado, eles sempre tiveram que fornecer calor externo, mas, agora, a fusão nuclear que criaram está fazendo o trabalho por eles.
Se a tecnologia continuar se desenvolvendo, ela poderá criar eletricidade ilimitada e com zero emissões de carbono. Uma energia limpa e barata que pode ajudar a reverter os efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/l/P/5yrKGVTKGNRwbj9QOemQ/jglob-limpo-20220126-2230-frame-297021.jpeg)
Apesar da boa notícia, os cientistas calculam que ainda faltam décadas para que a fusão nuclear possa ser usada para dar energia para casas, carros ou aviões, por exemplo.
Para atingir a fusão nuclear, eles usaram dez vezes mais energia do que conseguiram produzir com ela, gerando o equivalente a nove pilhas.
No entanto, Alex afirma que o próximo passo é mostrar que é possível gerar mais energia com a fusão nuclear, do que a utilizada para o processo dar certo. E que, este, sim, vai ser o marco mais importante para salvar o mundo.
Fonte: Jornal da Globo