Na busca mundial pela dianteira na produção e comercialização de hidrogênio como fonte de energia, os Estados Unidos fizeram um novo movimento para fomentar esse energético. O Departamento de Energia do governo americano (DOE, na sigla em inglês) fará um financiamento de US$ 20 milhões em um projeto para demonstrar a produção de energia limpa de hidrogênio (H2) a partir da usina nuclear de Palo Verde, no estado do Arizona. O objetivo da iniciativa é mais do que simplesmente provar a viabilidade técnica do uso da fonte nuclear como alternativa para produção de H2. O projeto também almeja reduzir o custo do hidrogênio limpo para US$ 1 por quilograma – o que representaria uma diminuição de 80%, de acordo com o DOE.
“O desenvolvimento e a implantação de hidrogênio limpo podem ser uma parte crucial do caminho para alcançar um futuro líquido de zero carbono e combater a mudança climática“, disse o vice-secretário de Energia, David Turk. “Usar a energia nuclear para criar energia de hidrogênio é uma ilustração do compromisso do DOE em financiar uma gama completa de caminhos inovadores para criar hidrogênio limpo e acessível, para atender à meta de Hydrogen Shot do DOE e para avançar nossa transição para um futuro livre de carbono“, completou.
O projeto do Arizona será liderado pela PNW Hydrogen LLC, que será a principal destinatária dos recursos. Um fatia de US$ 12 milhões será repassada pelo DOE Hydrogen and Fuel Cell Technologies Office (HFTO) e outra de US$ 8 milhões virá do Office of Nuclear Energy. O projeto envolverá a produção de hidrogênio em Palo Verde. Seis toneladas do gás serão armazenadas e usadas para produzir cerca de 200 MWh de eletricidade em épocas de alta demanda, e também podem ser usadas para fazer produtos químicos e outros combustíveis.
A usina Palo Verde é uma planta de reator de água pressurizada de três unidades, operada pelo Serviço Público do Arizona e localizada perto de Phoenix. A usina foi selecionada em 2019 para fazer parceria para investigar o uso potencial do hidrogênio gerado na usina nuclear como armazenamento de energia
Fonte: Petronotícias