Sipron testa plano de emergência em exercício parcial na central nuclear de Angra

Nos dias 20 e 21 de outubro, será realizado, em Angra dos Reis, o Exercício Parcial Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear. O objetivo é avaliar a eficácia da estrutura de resposta e dos procedimentos do Plano de Resposta Integrada a Evento de Segurança Física Nuclear e do Plano de Emergência Externo (PEE) da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).


Tradicionalmente, nos anos ímpares, são realizados exercícios gerais, que incluem uma simulação da evacuação de áreas vizinhas à central nuclear. No entanto, devido à pandemia do coronavírus, em 2021, será realizando novamente um simulado parcial (que ocorre nos anos pares), onde não há movimentação externa. Não por isso a simulação será menos importante. Serão ativados e testados os centros de emergência nuclear, de forma a avaliar a capacidade de comando, coordenação e controle entre as organizações envolvidas.


Trata-se de uma operação complexa, que envolve várias entidades civis e militares. O simulado prevê a mobilização de uma rede de cerca de 80 instituições, com centenas de profissionais, nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal. 


O cenário é composto de vários desafios criados de maneira que possibilitem à simulação alcançar as diversas classificações de emergência e níveis de segurança física nuclear. Este ano, o exercício simulará a evacuação e a abrigagem da população diante de uma situação de pandemia, bem como a interface do órgão de segurança pública em apoio a um evento de segurança física na CNAAA.


Ativação de centros de comando e controle
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) é o responsável pela supervisão da atividade, já que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron).  


Durante o exercício, são ativados o Centro Nacional de Gerenciamento de Emergência Nuclear (Cnagen), localizado em Brasília; o Centro Estadual de Gerenciamento de Emergência Nuclear (Cestgen), no Rio de Janeiro; o Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear (CCCEN), em Angra dos Reis; e o Centro de Informações de Emergência Nuclear (Cien), também situado no município da Costa Verde fluminense. Além disso, será estabelecido um gabinete de crise na CNAAA para proporcionar a coordenação e a resposta a eventos de segurança física fictícios.


O Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro e o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional também participarão do exercício, de forma a avaliar o grau de integração no envio dos meios e recursos necessários.É importante ressaltar que, por causa da pandemia, todos os participantes do exercício cumprirão os protocolos de prevenção à covid-19 recomendados pelas autoridades competentes.


O planejamento das ações do exercício foi realizado pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR) e pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Evento de Segurança Física (Copresf/AR), que reúnem representantes da Eletronuclear; da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen);  das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro; da Secretaria Nacional de Defesa Civil; das defesas civis do Estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Angra dos Reis e Paraty; do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ); da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e do Ministério da Saúde, entre outros órgãos.

Fonte: Eletronuclear