O anúncio de que a nova estatal criada para administrar a Eletronuclear e a Itapu Binacional terá sede em Brasília causou repercussões na indústria ao longo da última semana. A alegação é que a nova companhia, chamada de Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), deveria ficar sediada no estado do Rio de Janeiro, onde estão localizadas as duas usinas nucleares em operação (Angra 1 e 2), além de Angra 3, que ainda está em construção.
Para o ex-Secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e do Petróleo do Rio de Janeiro, o engenheiro Wagner Victer, é fundamental alterar essa decisão, já que o estado fluminense reúne as mais importantes empresas do mercado de energia nuclear. “Temos as principais atividades aqui localizadas, como as duas usinas nucleares (Angra I e II) em operação e a terceira em construção, a fábrica de enriquecimento de combustível nuclear da INB, em Resende, além de unidade fabris diretamente focadas a indústria nuclear, como a Nuclep, e até a fábrica de submarinos em Itaguaí”, opinou.
Victer frisa ainda que as atividades da ENBpar, inclusive do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel, basicamente derivam da própria Eletrobras, que também fica no Rio de Janeiro. “É difícil imaginar todos seus funcionários migrando milhares de quilômetros para continuar trabalhando, e assim, sua colocação em Brasília, além de perda desse conhecimento técnico, e de sinergia de proximidade com área nuclear, pode gerar ainda mais custos”, concluiu
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Fonte: Petronotícias