O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou de audiência pública na Câmara dos Deputados e voltou a reafirmar que a pasta não trabalha com a hipótese de racionamento de energia elétrica no Brasil. A declaração foi dada durante reunião remota na Comissão de Minas e Energia (CME). Para enfrentar o atual cenário, Albuquerque disse aos deputados que o governo preparou um plano com cerca de 40 ações, visando a segurança e à continuidade do suprimento de energia elétrica para 2021 e 2022.
A pasta e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) têm adotado, desde outubro do ano passado, algumas medidas para tentar enfrentar a atual escassez hídrica no país, como o acionamento de geração termelétrica adicional, importação de energia elétrica do Uruguai e da Argentina e uma campanha de uso consciente de água e energia.
Albuquerque ressaltou, contudo, que se o período úmido de 2021 for parecido com o do último ano e nenhuma medida for tomada, o país ficará em uma condição mais desconfortável, com níveis de reservatórios abaixo de 20% de capacidade. “Por isso adotamos medidas para que não percamos controle do sistema, não tenhamos risco de interrupção no fornecimento de energia nos horários de pico de demanda”, explicou.
O ministro chegou a mencionar também o papel da energia nuclear nesse contexto de segurança energética e preservação dos níveis de reservatórios. Ele lembrou que está prevista uma expansão de 15 GW na geração dessa fonte do País para os próximos 30 anos. “A energia nuclear vai ter um papel importante no Brasil e no mundo para a transição energética. Será uma fonte energética para descarbonização e para o processo de eletrificação que o mundo passa hoje”, declarou o ministro.