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epbr.com.br | 29/04/21
Apresentada por
Editada por Nayara Machado
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Grandes quedas no custo da energia solar e eólica nos últimos anos desbloquearam uma reserva de energia que pode atender à demanda mundial 100 vezes — e a maior parte já é economicamente viável, mostra o relatório The Sky’s the Limit (.pdf) do Carbon Tracker.
A partir das taxas de expansão de solar e eólica na matriz elétrica, os analistas calculam que em 2050 essas fontes poderiam substituir totalmente os fósseis, como carvão, petróleo e gás, produzindo energia limpa e barata para apoiar novas tecnologias, como veículos elétricos e hidrogênio verde.
O relatório calcula que uma taxa de crescimento anual de 15% seria suficiente para energia solar e eólica gerarem toda a eletricidade do mundo em meados da década de 2030 e fornecer toda a energia usada no globo até 2050.
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A energia solar cresceu a uma taxa média anual de 39% na última década, quase dobrando de capacidade a cada dois anos, de acordo com o relatório;
- A capacidade da energia eólica cresceu 17% ao ano, com avanços tecnológicos que ajudam a reduzir custos.
Outro cálculo importante é o custo: na energia solar, a redução média foi de 18% ao ano desde 2010, enquanto os preços da energia eólica caíram em média 9% ao ano no mesmo período.
Além disso, o The Sky’s the Limit constata que cerca de 60% dos recursos solares e 15% dos recursos eólicos do mundo já são competitivos economicamente em comparação com a geração local por combustíveis fósseis.
“Em 2030, toda a energia solar e mais da metade da energia eólica provavelmente serão econômicas”, estima.
O estudo conclui que a oportunidade maior está em mercados emergentes, que têm o maior potencial solar e eólico em relação à demanda doméstica.
“Muitos ainda estão construindo seus sistemas de energia, e as energias renováveis baratas oferecem um caminho para levar energia para mais pessoas, criar novas indústrias, empregos e riqueza. A África tem 39% do potencial global e pode se tornar uma superpotência das energias renováveis”, indica.
Onde está o potencial
Com base em dados da BloombergNEF sobre o custo nivelado da energia solar, o relatório identifica quatro grupos principais de países com potencial para aproveitar os recursos solares e eólicos em relação ao consumo doméstico:
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Superabundante (com potencial pelo menos 1.000 vezes maior do que a demanda): países de baixa renda com baixo uso de energia na África Subsaariana;
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Abundante (100 vezes maior que a demanda): quase todos os países da América Latina, incluindo o Brasil, além de Austrália e Marrocos, são alguns exemplos e que poderiam também fornecer energia renovável para o resto do mundo;
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Repleto (10 vezes maior que a demanda): países como China, Índia e Estados Unidos, que têm potencial renovável suficiente para satisfazer suas necessidades domésticas;
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Esticada (menos de 10 vezes a demanda): países como Japão, Coréia e grande parte da Europa enfrentam difíceis escolhas políticas sobre como explorar seus recursos renováveis de forma mais eficaz.
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IEA vê renováveis fornecendo mais da metade da eletricidade em 2021
Com a demanda de eletricidade caminhando para o seu crescimento mais rápido em uma década, a Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) vê as energias renováveis fornecendo mais da metade da eletricidade global em 2021.
Apesar dos efeitos da pandemia sobre a economia, as renováveis encontraram espaço para crescer 3% em 2020, e a IEA estima novo aumento em todos os setores-chave – energia, aquecimento, indústria e transporte – em 2021.
A participação das energias renováveis na geração de eletricidade está projetada para aumentar para quase 30% em 2021, ante 27% em 2019, com solar fotovoltaica (18%) e eólica (17%) contribuindo com dois terços desse crescimento.
Demanda por combustíveis fósseis avança nos emergentes
Apesar do otimismo, na semana passada, o Global Energy Review 2021 da IEA mostrou que a recuperação dos países emergentes no pós-pandemia está sendo alimentada a carvão.
De acordo com a agência, a demanda global de carvão em 2021 deve ultrapassar os níveis de 2019 e se aproximar do pico de 2014.
A estimativa é que o carvão sozinho avance 60% a mais do que todas as energias renováveis combinadas, com mais de 80% do crescimento concentrado na Ásia, com a China respondendo por mais de 50% do crescimento global.
No petróleo, o aumento anual esperado é de 6,2% em 2021 — cerca de 3% abaixo dos níveis de 2019, por conta da baixa demanda do óleo para transporte rodoviário e aviação.
Já o gás natural deve crescer 3,2% em 2021, impulsionado pelo aumento da demanda na Ásia, Oriente Médio e Rússia, colocando a demanda global mais de 1% acima dos níveis de 2019.
Curtas
CPI dos Crimes Ambientais. Líderes da oposição na Câmara articulam abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes ambientais cometidos pelo governo federal. A articulação se deu após o depoimento do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva à Casa.
…Na audiência, o ex-superintendente da PF no Amazonas afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, legitimou a ação de madeireiros criminosos. O Globo
A ANP está preparando a resolução que irá regulamentar a venda direta de etanol hidratado e deve publicá-la na próxima semana, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A regulamentação terá o objetivo de colocar em prática resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovada em 2020. epbr
A Volkswagen apresentou nesta quinta (29) detalhes dos seus planos para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Um deles é a nova meta de reduzir em 40% as emissões de CO2 por veículo na Europa até 2030. Para isso, a empresa investirá 14 bilhões de euros nos próximos anos em projetos de descarbonização, e acelerar a produção sustentável e o uso de carros elétricos. epbr
Aliança para compradores de SAF. O Fundo de Defesa Ambiental dos Estados Unidos lançou uma aliança para acelerar o caminho para a aviação net-zero, impulsionando o investimento em combustível de aviação sustentável de alta qualidade (SAF). A iniciativa é apoiada por Boeing, BCG, Deloitte, JPMorgan Chase, Microsoft, Netflix e Salesforce. epbr
O Grupo Prosegur iniciou um projeto de compensação de emissões de CO2 com o objetivo de alcançar o seu compromisso de descarbonização até 2040. O plano teve início com a compensação de emissões de CO2 geradas pelas operações da empresa na Europa, através de um projeto de gestão de resíduos localizado no Rio de Janeiro. A próxima região a entrar no projeto será a Ásia-Pacífico, à qual seguirá a compensação de emissões na América Latina.
A JBS iniciou neste mês a utilização da tecnologia blockchain para monitorar dados de terceiros sobre o fornecimento de gado. De acordo com a companhia, alguns dos fatores que serão monitorados são:existência de desmatamento ilegal; respeito ao Código Florestal Brasileiro; se há invasão de terras indígenas ou unidades de conversação ambiental; trabalho análogo à escravidão; uso de áreas embargadas pelo Ibama. G1
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