ABDAN APRESENTA ESTRATÉGIAS PARA INTERNACIONALIZAR AS EMPRESAS BRASILEIRAS DO SETOR NUCLEAR

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

celso cunhaO setor nuclear nacional está se organizando para expandir sua presença para além das fronteiras do Brasil. Nesta semana, a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) realizou um workshop, no Rio de Janeiro, onde discutiu estratégias necessárias para promover a internacionalização das companhias brasileiras deste segmento.  Além de reunir os representantes das empresas que devem participar deste projeto, o encontro também teve a presença do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen.

O presidente da ABDAN, Celso Cunha (foto à esquerda), detalhou as metas do projeto que a associação está desenvolvendo e que será apresentado à Apex-Brasil. “Nós esperamos atrair o financiamento de parceiros internacionais. E para as empresas brasileiras que já tiverem condições, vamos incentivá-las a fazer exportações e realizar joint ventures com outras empresas”. Cunha explica que esse processo vai ajudar a construir a imagem das companhias brasileiras no exterior, além de fortalecer a cadeia produtiva local.

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Almirante Marcos Sampaio Olsen

Em linha com a declaração do presidente da ABDAN, o debate no evento girou em torno das alternativas estratégicas de crescimento do setor brasileiro no mercado internacional tanto em termos de exportações como em atratividade para investimentos estrangeiros. Dentro dessas possibilidades analisadas, foram discutidos os objetivos do projeto para os próximos dois anos e quais ações e instrumentos serão usados para alcançar as metas traçadas.

O workshop reuniu representantes das principais companhias do segmento nuclear brasileiro, como o presidente da Nuclep, Almirante Carlos Seixas, o presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), capitão de Mar e Guerra Carlos Freire Moreira, o Chefe do Departamento de Desenvolvimento de Novos Empreendimentos da Eletronuclear, Marcelo Gomes, entre outros. Além dos executivos, também participaram o assessor do Ministério de Minas e Energia, Almirante Ney Zanella; o ex-diretor na Agência Internacional de Energia Atômica, Aldo Malavasi; o Secretário de Coordenação de Sistemas do Gabinete de Segurança Institucional, Almirante Antonio Capistrano; o membro do Sebrae RJ, Maurício Chacur; e representantes da Apex-Brasil.

Entre os presentes, o sentimento de pós-evento foi positivo. “A ideia é somar forças com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), com ações de projeção no mercado internacional, para que já nos próximos anos possamos colher frutos da atração de investimentos estrangeiros e o aumento nas exportações”, comentou o presidente da Nuclep, Carlos Seixas.

image001Além do projeto de internacionalização das empresas brasileiras, Celso Cunha diz que a ABDAN está com outras duas iniciativas para o fortalecimento da cadeia produtiva do setor nuclear. “A primeira delas foi para micro e pequenas empresas, startups e incubadoras, que estamos apoiando com um projeto do Sebrae. Para essas empresas, pretendemos explicar o que elas devem ter para poder fornecer para o nosso segmento”, explicou.

Para o segundo semestre do ano, outra grande ação da ABDAN será a realização de um encontro internacional de negócios, no Rio de Janeiro – o Nuclear Technology Congress Exhibition (NTCE 2020), que acontecerá de 31 de agosto a 3 de setembro. “A Abdan está no processo de fortalecer as empresas brasileiras do segmento do setor nuclear. Isto é muito importante para que tenhamos perenidade no setor. Naturalmente, o governo também vem fazendo a sua parte e construindo condições para que esse fortalecimento aconteça”, concluiu Cunha.

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