Com a presença do presidente Michel Temer e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi realizada nesta terça-feira (20) a cerimônia que marcou o início da integração dos submarinos da Classe Riachuelo. Os equipamentos foram transferidos para o Estaleiro de Construção do Complexo Naval de Itaguaí, no dia 13 de janeiro.
A cerimônia, realizada em Itaguaí, contou ainda com a presença do Ministro da Defesa, Raul Jungman, do Ministro da Marinha, o Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e outras personalidades do setor nuclear brasileiro.
As seções S3 / S4 / 2B, fabricadas pela Nuclep, fazem parte da composição do SBR-S40 Submarino Riachuelo. A operação logística da transferência exigiu um planejamento de meses e incluiu a retirada de trechos da rede elétrica. Na etapa mais complexa da operação, foi usado um veículo especial de 320 rodas que transportou as 619 toneladas das três seções, com 39,86 metros de comprimento e 12,30 metros de altura.
As outras duas seções restantes do Riachuelo, pesando 487 toneladas e medindo 30 metros, foram transferidas, separadamente, para o Estaleiro de Construção, onde o submarino terá a sua montagem final para ser lançado ao mar no segundo semestre de 2018 para os primeiros testes de navegação.
Personalidades do setor nuclear brasileiro também estiveram presentes na cerimônia, entre eles o presidente da ABDAN, Celso Cunha. Para o representante da Associação, os engenheiros, técnicos e todos os profissionais envolvidos neste projeto merecem o reconhecimento do país e do povo brasileiro. “Realmente é muito prazeroso ver o nosso desenvolvimento”, disse.
De acordo com Cunha, com o tempo será possível desenvolver projetos fantásticos na geração de energia, no combate às pragas, nos fármacos. Ações de cunho nuclear serão possíveis a partir da divulgação e fornecimento de informações para a sociedade.
Quanto aos novos projetos de geração nuclear, Cunha acredita que é preciso vencer a primeira barreira de Angra 3 para depois dar um segundo passo. Segundo o presidente, há muitos interessados em auxiliar o Brasil a concluir esta obra e ampliar o programa nuclear do país. “O nosso país precisa crescer e, para crescer, precisamos de energia limpa, que não polua, que não emita CO2 na atmosfera. Precisaremos cada vez mais de energia firme, como as que são geradas pelas usinas nucleares”, concluiu.
Fonte: Petronotícias