Evento contou com a participação dos Deputados Federais Celso Pansera (PMDB) e Luiz Sergio (PT), que defenderam a retomara de Angra 3.
O I Simpósio de Tecnologias Nucleares aconteceu no último dia 4, na EGN – Escola de Guerra Naval, localizada no Rio de Janeiro, com o objetivo de identificar e promover a discussão de temas relacionados à pesquisa, o desenvolvimento e o emprego de tecnologias nas diversas atividades nucleares. O evento foi organizado pela DGDNTM – Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha em parceria a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados – CCTCI e a Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares – ABDAN.
O presidente da Abdan, Celso Cunha, esteve presente e além de destacar os benefícios da energia nuclear, também fez um apelo para que o assunto seja cada vez mais discutido.
“Essa é um momento de discussões e definições para o setor elétrico, de diálogo com as empresas de planejamento energético. Precisamos definir todos os pontos para quando chegar ao congresso, ser melhor discutido. A energia nuclear é limpa, segura e mais barata e isso tem que virar um mantra. Há hidrelétricas que há mais de dois anos não produzem nenhum megawatt e nós precisamos de energia de base. Temos que avançar, pensar no futuro, não discutir só Angra 3, já temos que discutir Angra 4. Não podemos focar só na produção de eletrecidade, temos que pensar em todas as áreas de atuação e precisamos de mais gente falando sobre o assunto. Chegou a hora de usar a energia nuclear”, declarou o presidente.
Os deputados federais Celso Pansera (PMDB) e Luiz Sérgio (PT) também participaram do evento e declararam apoio ao uso das tecnologias nucleares. O deputado Luis Sergio, ex prefeito de Angra dos Reis, relembrou a conclusão de Angra 2 e a importância da usina para o fornecimento de energia.
“Passamos por uma grande crise energética no final do governo FHC, época de poucas chuvas, mas Angra 2 mostrou a sua importância e garantiu o fornecimento de energia. A energia nuclear é essencial para o desenvolvimento econômico do país, nosso maior obstáculo são as interrupções em Angra 3. É um projeto de alto custo, que se torna ainda mais caro por conta da demora na sua conclusão. Angra 2 levou décadas para ser finalizada e pelo visto Angra 3 vai pelo mesmo caminho”, afirmou Luiz Sergio.
Celso Pansera também enxerga a energia nuclear como peça fundamental para o desenvolvimento econômico do país. Para ele, é necessário disseminar as informações e conquistar a sociedade para a retomada do projeto.
“precisamos produzir conhecimento, alcançar a compreensão da população, mostrar que é um caminho para o crescimento econômico e geração de empregos. Temos condições de alcançarmos a autossuficiência em diversas áreas. Parabenizo a Marinha pelo projeto audacioso, de construir o primeiro submarino de propulsão nuclear, estamos avançando e Angra 3 também deve ser motivo de orgulho para os brasileiros”, declarou.
Os debates foram além do tema produção de energia elétrica e reuniu palestrantes que abordaram as diversas assuntos, como medicina nuclear e mineração. O simpósio também contou com a participação de palestrantes de empresas, como a INB, Nuclep, Eletronuclear, Westinghouse, EDF – Areva e Rosatom.