A Areva SA e a EDF chegaram a um acordo que estabelece os termos da venda de operações de reatores nucleares New NP, da Areva NP. A transação está programada para fechar até o final deste ano. O preço de venda de 100% do patrimônio da New NP foi confirmado em € 2,5 bilhões. Este acordo marca a refundação da indústria nuclear francesa, com a EDF à frente. A reestruturação inclui o governo, que concedeu uma injeção de capital de € 4,5 bilhões para a Areva. As operações do reator a serem vendidas foram transferidas para uma subsidiária de propriedade total da Areva NP, denominada “New NP”. Os contratos para o projeto EPR Olkiluoto 3 (OL3), na Finlândia, e para alguns contratos relativos a componentes forjados na fábrica Le Creusot, não estão incluídos na venda. Esses contratos permanecerão dentro de Areva.
Os acordos preveem que a EDF adquira 75,5% do capital da New NP com base numa avaliação ajustada de € 2,47 bilhões (para 100% do capital), sem transferência de dívida financeira. Esse montante é oito vezes o lucro do negócio antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Em uma declaração conjunta, as empresas observaram que esse valor pode ser ajustado para cima ou para baixo, de acordo com as contas definitivas a serem estabelecidas na data de conclusão da transação, prevista para 31 de dezembro de 2017. Também pode estar sujeita, dependendo da alcance de determinados objetivos de desempenho medidos após a data de conclusão, até um complemento de preço de até € 245 milhões.
O presidente da Areva , Philippe Varin,disse: “A venda do New NP marca um grande passo na reestruturação do Grupo Areva e fornece ao New NP e seus funcionários um ambiente propício ao seu desenvolvimento”.
O Presidente e CEO da EDF, Jean-Bernard Lévy, disse que “A assinatura desses acordos definitivos marca o ponto culminante de mais de dois anos de trabalho para implementar a refundação da indústria nuclear francesa, com a EDF à frente. A integração do New NP no grupo EDF a partir de 1 de janeiro de 2018 ajudará a nossa indústria a aumentar o desempenho e a eficiência na implementação de grandes projetos, como o Grand Carénage, um programa de extensão de vida, e tornar-se mais competitivo na construção de novos as usinas de energia nuclear, como muitos países reconhecem o papel fundamental da energia nuclear na transição para geração de energia com baixa emissão de carbono”.
Fonte: Petronotícias